Modelo implantado há cinco
anos mostra que é possível produzir alimentos sem o uso de agrotóxicos
Formado em Agronomia pela USP (Universidade de
São Paulo) desde 1972, Eikiti Hirooka, coordenador da Nôjo (fazendinha), é o
responsável pela horta sustentável que pode ser vista todos os anos durante a
Expo Japão. Pioneiro na implantação de hortas comunitárias, com mais de 40 anos
de experiência no setor, Eikiti foi o responsável por lançar a proposta de uma
horta aberta à visitação para a equipe da feira.
Eikiti Hirooka comemora o sucesso da nôjô na Expo Japão, projeto que começou graças a sua iniciativa. Foto: Cristina Cardoso |
Há cinco anos, a Nôjô serve de modelo
sustentável tanto para agricultores, como também para a população urbana que
pode conhecer o processo de produção dos alimentos. “O intuito do projeto é
expor a forma como esses alimentos vêm sendo produzidos para que as pessoas
acostumadas a vê-los somente nas gôndolas do supermercado, acompanhem esse
processo de plantio e se familiarizem com o meio”, comenta o coordenador.
Todos os legumes, verduras e plantas medicinais na fazendinha são produzidos sem nenhum tipo de agrotóxico. Foto: Cristina Cardoso. |
O planejamento para a visitação começa cinco
meses antes do evento, quando é feita a preparação do solo. O plantio das
sementes é feito em média 35 dias antes da feira, período necessário para que
as verduras, hortaliças e plantas medicinais estejam prontas para a colheita e
consumo.
Com a visitação do público, a Nojô pretende incentivar
os agricultores a buscar um modelo de sustentabilidade para a produção rural e
ainda despertar nas pessoas que residem em regiões urbanas, o interesse no
convívio com a natureza, a criação de
hortas e principalmente, a preocupação com a qualidade dos produtos que são
servido à família. “Onde o solo é bem
nutrido e adubado não faz sentido usar agrotóxicos e a saúde agradece”, garante
Hirooka.
Texto: Cristina Cardoso
Edição: Laís Araújo
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