ALERTA GEADA



Recentemente foi iniciado o “Alerta Geada”, auxilio que o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) oferecem gratuitamente aos cafeicultores. O alerta segue de maio até setembro e informa aos produtores do estado do Paraná a ocorrência de geada na região cafeeira com antecedência de 48 e 24 horas. Esta iniciativa visa auxiliar os produtores para eles possam aplicar medidas de proteção às lavouras cafeeiras.
Boletins informativos estão sendo publicados diariamente em www.iapar.br e www.simepar.br sobre as condições meteorológicas. O produtor também pode ligar para o Disque Geada (43) 3391-4500 para ter acesso às informações.
A geada mais forte do Paraná ocorreu em 18 de julho de 1975, chamada de Geada Negra, no norte do estado. A forte geada queimou quase todos os pés de café da região, dizimando o principal produto agrícola da época. Este fenômeno abalou a agricultura, a economia e também foi o responsável por mudar o destino de diversos paranaenses, que tiveram que procurar outras alternativas agrícolas para obter sustento. Entretanto, o norte pioneiro voltou a plantar café anos depois, mas com intensidade muito menor do que na época em questão.
A cultura do café é uma das mais importantes do Brasil, ressaltando ainda que Londrina foi a capital mundial do café nas décadas de1960 até 1970, tendo sido responsável, em 1961, por 51% do café produzido em todo o mundo. Em entrevista com o senhor Tumoru Sera, especialista sobre o grão, ele afirma que seu plantio é a melhor alternativa de renda agrícola, pois é um produto não perecível de grande lucratividade no mercado interno e externo.
Com o processo de migração do café para o sul, muitos agricultores se perguntam se o estado paranaense será prejudicado, entretanto, senhor Tumoru explica que o contrário irá acontecer: “O Paraná, nos últimos 40 anos, já aqueceu em média 1°C na temperatura média anual. Nos últimos anos a frequência de geadas severas passou de cada 5 a 6 anos para 10 a 12 anos, e as regiões ao sul da região cafeeira do Paraná, marginais por baixas temperaturas, já se tornaram ideais para a produção de cafés especiais gourmets”.
A cafeicultura paranaense é uma das mais incentivadas por órgãos públicos e privados, tendo auxilio de entidades nacionais e estaduais do ramo cafeeiro como o Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café, IAPAR, ATER, Emater, Cooperativas e diversas empresas privadas.





Pauta: Julia Lima
Entrevista: Gabriel Alves
Reportagem: Karla Santos
Revisão: Bruno Araújo
Professor orientador: Guilherme Lima
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