Novo projeto busca retomar a plantação de algodão no Paraná

Em janeiro de 2017 a Associação dos Cotonicultores Paranaenses, ACOPAR, junto com o Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, iniciou um projeto com o objetivo de mostrar aos agricultores a viabilidade da plantação de algodão. O Paraná que já foi um dos maiores produtores dessa cultura no Brasil, até o início de 1990, teve sua produção diminuída drasticamente devido a uma série de fatores, como surgimento de pragas, doenças e baixos preços. Com o plantio do tipo safrinha em rotação com a soja e o trigo, a iniciativa tem estudado a possibilidade da retomada da produção de forma que possa atender o parque têxtil paranaense.
Para o desenvolvimento da proposta a ACOPAR espera realizar dez experimentos por ano em que cada um contemple uma área de cinco hectares em parceria com os produtores. Segundo o engenheiro agrônomo e presidente da ACOPAR, Almir Montecelli, a fase atual do projeto é a de difusão da tecnologia, “a gente faz uma área oferecendo nossa assistência técnica e o agricultor faz uma outra área, assim difundimos, além da ideia, as tecnologias. Ele acompanha o que a gente faz na nossa lavoura para ele poder fazer igual.”
De acordo com Montecelli através de um novo zoneamento de algodão feito para o Estado os resultados têm sido atingidos. “Nós estamos alcançando uma produtividade média de 500 arrobas por alqueire ou 200 arrobas por hectare que a nível de Paraná é uma boa produtividade, mas ainda a nível de Brasil é uma produtividade pequena.  Sendo que com mais investimento, principalmente na questão de solo e adubação a gente deve alcançar os níveis de produtividade que tem no resto Brasil.

Os experimentos, que agora passam a ser também áreas comercias dos agricultores, estão em aproximadamente nove munícipios: Cambará, Andirá, Jataizinho, Ibiporã, Sertanópolis, Pitangueiras, Barbosa Ferraz, Perobal e Assaí. E o projeto continua buscando mais produtores que tenham condição de absorver nova tecnologia e possuam maquinários e terras disponíveis.

Texto: Laís Rodrigues
Foto: Antonio Neto
Orientação: Professor Guilherme Lima

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