NOVAS MANEIRAS DE SE COMBATER PRAGAS ABRE AS PALESTRAS NA EXPO JAPÃO

Professor Doutor da UEL destaca que muitas plantas criaram resistências a alguns defensivos agrícolas

Pautado nas inovações no manejo de plantas daninhas, o Professor Doutor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Giliardi Dalazen, abriu o ciclo de palestras da Expo Japão nesta quinta-feira (7) na Acel, em Londrina. Ele relatou maneiras novas de se tratar as pragas, que, em alguns casos,  criaram resistência aos métodos usados durante os últimos anos.
Na abertura, Dalazen fez um panorama histórico da evolução na área agrícola nos aspectos tratados dentro de sua palestra, com principal foco nas evoluções criadas da década de 1940, 1970 e nos anos 2000. O palestrante explicou que com o estímulo do uso de herbicidas, diversos tipos de plantas criaram resistência, pois a utilização era constante. Assim as diversas soluções feitas na era química se tornaram problemas e com isso os profissionais da área buscaram novas maneiras de tratar o problema.
O Doutor afirmou que o cenário para essa área no Brasil é pessimista e que novos mecanismos de ação não são opções de solução para o problema, visto que esse tipo de prática só traria benefícios em curto prazo, uma vez que a planta daninha pode continuar aumentando sua resistência a esses produtos com o tempo.


C:\Users\acer\Downloads\IMG-20180607-WA0047.jpg    
Dr.Dalazen em palestra nesta quinta-feira durante a Expo Japão


Por outro lado, métodos inovadores também foram apontados e até maneiras antigas de tratamento de plantas foram citadas. Giliardi Dalazen deu como exemplo dez variadas opções de mudanças para a área. A lista possui controles por meio de RNA interferente  (RNAi), onde soluções são criadas por profissionais alterando as capacidades genéticas da planta diretamente, uso de sensores para que os produtos químicos alcancem somente as plantas que são danosas e não a lavoura inteira. O método também tem a vantagem de reduzir em 80% o consumo de herbicidas, reduzindo assim o impacto ambiental, além de maneiras que contam com soluções com o uso de calor, eletricidade, controle mecânico  e até aplicativos para smartphones.
O palestrante afirmou que todos os métodos criados já foram inovadores em um determinado período da história e que cabe aos profissionais da área fazer um panorama e mesclar soluções da última geração com algumas que já foram criadas. Um exemplo disso é o modo denominado palhada, que é um herbicida residual, que não tem impactos na natureza e se mostra eficaz para o problema em questão. Antes do fim da palestra Dalazen afirmou mais uma vez que o problema não será resolvido com o uso de herbicidas.


Texto: Bruno Araújo
Foto: Rodolfo Salloum
Acadêmicos de Jornalismo
Projeto de Extensão Agência de Comunicação Integrada Unopar


Previous
Next Post »