Processos da cafeicultura e os mais diversos tipos de café na Expo Japão 2018


Pesquisador do IAPAR comenta sobre variedades para o produtor aumentar a rentabilidade e produtividade na cafeicultura



As inovações, as especificações, todo o processo de plantio e os mais variados tipos de café são colocados em exposição na Fazendinha Nojô, na Expo Japão 2018, que acontece até domingo na ACEL. O Pesquisador e melhorista genético de café do IAPAR Gustavo Hiroshi Sera está no local para trazer explicações e orientações aos visitantes.



Segundo ele, para que o café tenha um plantio de sucesso e que consiga dar a rentabilidade para o agricultor, é necessário que o cultivador tenha um olho clínico e sensibilidade de realizar suas ações no tipo de terra correta; e que a variedade do grão  se adapte da melhor forma com o local. “O café tem três fatores importantes: a genética da planta, que deve ser escolhido conforme a região em que o mesmo será plantado, o fator ambiental que é local em que o grão será plantado, o tipo de solo”, explica.



Gustavo Hiroshi Sera destaca que, como por exemplo, o café plantado em uma região mais alta tem a temperatura mais amena “ e por isso amadurece mais lentamente, produzindo uma bebida melhor e por fim o controle de pragas e doenças, em conjunto com uma boa adubação, que ajuda a melhorar o produto”.



Além da questão técnica do plantio, ele relata também a cultura que foi implantada no Brasil de se tomar um café com uma qualidade mais baixa, e que a prática pode até mesmo causar problemas de saúde. “Por ser muito torrado, como o extraforte chegando a misturar o café mofado com o café da espécie robusta, transformando todo este café ruim em um café chamado de carvão, sendo necessário misturar açúcar no mesmo, pelo fato de ser muito amargo. O fato é que no Brasil apenas 10% da população toma o café gourmet, que é selecionado com os melhores grãos sem defeitos e feito com uma torra mais clara da coloração marrom escuro e marrom claro, conseguindo desfrutar melhor do sabor do café”.



O pesquisador do IAPAR ainda explica que mais de 50 tipos de café são produzidos com os mais diversos sabores naturais, sem adição de mais produtos. Pelo lado dos benefícios à saúde, o “Café Gourmet Especial” é possível tomá-lo em grande quantidade, sem sentir dores de estômago, e ele ainda tem antioxidantes, que são anticancerígenos e retardam o envelhecimento.



Para aumentar a qualidade na produtividade do café, não só o estado do Paraná como todo o Brasil vem adotando tecnologias, conforme Hiroshi. “Hoje o café tem uma rentabilidade até 10 vezes maior que os grãos em geral, se fizer um balanço de produtividade alta, qualidade e mecanização.  O custo de produção com a colheita é de 40% e com a colheita mecanizada, este valor diminui muito. E hoje é possível mecanizar tudo nos plantios do café, mecanizando poda, adubação, pulverização. O café está se tornando viável, desde que se adote a mecanização e produtividade alta com tecnologias, usando a adubação, controle de pragas e doenças e utilizando variedades modernas de café”.



Texto: Gabriel Alves

 Foto: Rodolfo Salloum

Acadêmicos de Jornalismo – UNOPAR

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Curso de Jornalismo
Coordenadores:     Profª Liberaci Pascuetto PerinProf. Guilherme Lima
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