Setor agropecuário ainda sofre as consequências da seca do mês de julho


Para os donos de propriedades rurais do Paraná que desenvolvem a pecuária e dependem de plantações, a segunda safra do milho registrou uma grande perda na produtividade. A cultura do milho é muito exigente em água. O consumo da planta pode chegar a necessitar até 10 mm/dia, o que significa que a estiagem do mês de julho causou um prejuízo notável aos agricultores. 

Essa estiagem já é ruim por si só, porém, na pecuária, devido a seca nas plantações, a falta da cultura básica na alimentação de gado para corte fez aparecer o chamado boi sanfona – aquele que engorda nas chuvas e emagrece nas secas.


Segundo Gilberto Galvão, administrador de empresas e dono de uma propriedade rural, essa estiagem significou uma grande perda: “Esse ano em particular foi bem mais complicado, pois choveu bem abaixo do esperado. Nós tínhamos plantado um alqueire de milho, fizemos uma estocagem para fazer comida para os bois no inverno e plantamos a segunda safra, mas então veio a seca e perdemos a safra do milho”. 

Quando a estiagem acontece, alguns proprietários buscam alternativas para a alimentação do gado. Na propriedade de Gilberto, eles recorreram à silagem. “A alternativa usada agora é buscar palha de soja, um pouco de concentrado de milho e dar a silagem que enterramos da primeira safra do milho” afirma o administrador. 

Se planejadas com antecedência, existem ainda outras opções que podem ser usadas para ajudar na alimentação do gado durante o período da seca. Como por exemplo: a separação de um pasto na época de chuvas, para que o gado possa se alimentar dele na seca; plantar cana; fazer feno na própria fazenda, ou ainda utilizar o confinamento estratégico.


Pauta: Giovanna Polina Galvão
Entrevista: Giovanna Polina Galvão | Beatriz Dias Moreira
Texto: Flávia Vasconcellos
Revisão e Edição: Rafaela Fonseca Ferrarezi

*Fotos cedidas pelo entrevistado*

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